Editorial: O olho eletrônico

Publicado por departamento de Jornalismo Cruzeiro FM 92,3 em 06/01/2023

A primeira entrevista, e exclusiva, do secretário estadual da Segurança Pública de São Paulo, o deputado federal Capitão Derrite, agora chamado apenas pelo nome Guilherme Derrite, foi aqui, na rádio Cruzeiro FM 92,3.

Essa entrevista, que aconteceu na quarta-feira, repercutiu em nível nacional entre outras emissoras, como a CNN Brasil; o jornal a Folha de São Paulo e portais na internet como o Metrópoles e o G1.

A repercussão aconteceu por ser a primeira entrevista dele como chefe da segurança do governo Tarcísio de Freitas, do Republicanos, e, em especial, por ter afirmado ao responder aos questionamentos dos apresentadores do Jornal da Cruzeiro, Fábio Andrade e Cibelle Freitas, que pretende rever o uso de câmeras em uniformes de policiais militares.

Derrite disse que o que existe de bom vai permanecer e o que não está sendo bom, e que pode ser comprovado cientificamente que não é bom, possíveis mudanças serão apresentadas ao governador.

Na entrevista à rádio Cruzeiro FM, o secretário defendeu a ideia de fazer uma análise crítica da pesquisa apresentada pela Fundação Getúlio Vargas, a FGV.

O estudo científico apontou impacto positivo do programa Olho Vivo.

Conforme dados mostrados na pesquisa, houve redução de 57% no número de mortes e 63% nas lesões decorrentes de intervenção policial nos batalhões onde as câmeras são utilizadas.

Ele enfatizou que, do ponto de vista da segurança, toda a tecnologia que possa ser empregada a fim de proteger a população, ao mesmo tempo em que facilite o trabalho árduo dos policiais, deve ser analisada com cuidado e colocada em prática.

Por isso, a afirmação, na entrevista, de rever o programa com o uso de câmeras corporais, que começou a ser implantado em 2021, durante a gestão do governador João Doria, do PSDB, repercutiu em nível nacional.

Atualmente, de acordo com o secretário, o programa Olho Vivo conta com mais de 10 mil câmeras instaladas nas fardas dos policiais militares, que monitoram as atividades de aproximadamente 40 mil agentes, o que corresponde a cerca da metade da atual tropa paulista.

Conforme informações da Secretaria da Segurança Pública, repassadas posteriormente à entrevista com o secretário, o programa Olho Vivo ainda colaborou, por exemplo, para o crescimento de 24% do número de apreensões de armas e de 102% dos registros de casos de violência doméstica.

Por isso, diante desses números apresentados pelo estudo da FGV, as declarações do secretário, na entrevista à Cruzeiro FM sobre a possibilidade de rever o programa, mobilizaram também procuradores do Ministério Público de São Paulo.

Em manifesto enviado ao órgão especial do Ministério Público, os procuradores alertaram que a redução do programa Olho Vivo, se ocorrer, poderá ser interpretada como uma “licença para matar”.

Após ouvirem a entrevista, outros 13 procuradores do MP-SP subscreveram o manifesto, que foi elaborado pelos ex-procuradores-gerais de Justiça Luiz Antonio Guimarães Marrey e Rodrigo Cesar Rebello Pinho, e pelos procuradores de Justiça Paulo Afonso Garrido de Paula e Plínio Antonio Brito Gentil.

Entre outros argumentos, no documento, os procuradores afirmam que, além da queda das mortes praticadas por policiais e sofridas por eles, a existência das câmeras ajuda a garantir que sejam seguidos procedimentos padrão estabelecidos pelo comando e que isso pode evitar outras formas de violência arbitrária e, até mesmo, segundo eles, a corrupção.

E é justamente por se tratar de um assunto polêmico que o secretário Derrite defendeu, durante entrevista na Cruzeiro FM, que vai analisar com cuidado tanto a pesquisa da FGV como, também, um estudo feito pela própria Polícia Militar a respeito do programa.

E é por esta razão que ele afirma que o que é bom vai permanecer e àquilo que não está bom, e que pode ser comprovado cientificamente, serão sugeridas mudanças.

Além dessa polêmica, que foi o foco de diversos veículos de comunicação do país nesta quinta-feira, que repercutiram a entrevista da Cruzeiro FM com o secretário Derrite, que abriu a caixa preta da segurança, há nos planos dele outros benefícios para o Estado de São Paulo, inclusive, para Sorocaba e região.

Aqui, para Sorocaba, por exemplo, Derrite afirmou que um segundo batalhão será implantado com prédio novo e com novo efetivo, além de melhorar as condições de trabalho às forças de segurança do Estado, entre outras ações.

Frente a toda essa questão delicada na Segurança Pública, um dos pontos importantes destacados pelo Capitão Derrite no Jornal da Cruzeiro é o de que os criminosos não terão vida fácil com as novas ações da Secretaria da Segurança.

Derrite chega com boas ideias na pasta e com vontade de trabalhar o sistema de forma operacional e é exatamente disso que a sociedade precisa: de um organismo de proteção à vida e ao patrimônio da sociedade, sempre respeitando a legislação e os direitos individuais de cada cidadão.

A Cruzeiro FM continuará acompanhando todo o trabalho da nova gestão no Estado de São Paulo e, como sempre faz, vai cobrar ações positivas e necessárias para o bem da população paulista.

O caminho está aberto, basta, agora, trilhá-lo conforme  parâmetros legais e com foco no direito à vida e à preservação dela por meio da segurança pública.

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