Mulheres terão tratamento especial na hora de se aposentarem

Publicado por departamento de Jornalismo Cruzeiro FM 92,3 em 08/02/2018

As mulheres são maioria no Brasil. No ano passado, com mais de 208 milhões de pessoas no País, elas representavam mais da metade da população, com 50,65% contra 49,35% dos homens. De acordo com dados do IBGE, a expectativa é de que, em 2030, o número de mulheres pule para 50,87%.
A expectativa de vida da população feminina também é maior do que a masculina. Em 2016, quando a idade média brasileira ficou em 75,8 anos, a da mulher chegou a 79,4 anos. Mas mesmo com diferença nessa expectativa, o Brasil ainda é um dos poucos países que não tem estipulada uma idade mínima para aposentadoria.
Com a proposta da reforma da Previdência, prevista para ser votada ainda em fevereiro no Congresso, o Brasil contaria com uma mudança. O financista Marcos Melo explica qual é e garante que as mulheres não seriam prejudicadas com as alterações.
“A principal diferença é realmente quanto à idade mínima, que, apenas após 20 anos – veja, é gradualmente – e só depois de 20 anos, as mulheres se aposentarão aos 62 anos e os homens com 65 anos.”
Inicialmente, o texto da reforma prevê que as mulheres comecem com a idade mínima de 53 anos, chegando até 62 em 2038. Segundo dados da Fazenda, as mulheres terão tratamento especial com a reforma, já que elas têm maior expectativa de vida e podem aproveitar o benefício por mais tempo. Marcos Melo comenta que acha justo que haja uma diferenciação na idade entre homens e mulheres no Brasil, mesmo que em outros países haja equiparação.
“Realmente, nos parece justo que as mulheres tenham uma idade inferior à dos homens para se aposentar no momento, pois leva-se em consideração que a mulher, de modo geral, tenha uma dupla jornada de trabalho. Então, além de estar empregada, ter alguma outra atividade que gere renda, culturalmente falando ela ainda cuida da casa e dos filhos, tendo, assim, uma carga maior de esforço em relação ao homem.”

Segundo a Pnad, as mulheres ainda dedicam o dobro de tempo com cuidados domésticos em relação aos homens. Em 2016, elas trabalharam quase 21 horas semanais contra 11 horas deles.


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