Editorial: Qual sociedade queremos? 14/04/2023

Publicado por departamento de Jornalismo Cruzeiro FM 92,3 em 14/04/2023

Nesta semana, prefeitos da Região Metropolitana de Sorocaba lançaram-se a um desafio na área da segurança: quais medidas devem ser tomadas frente aos casos de ataques e ameaças a escolas públicas e particulares?

Nos últimos dias, ocorrências de violência em escolas e creches deixaram a sociedade atônita.

Mas a situação só piorou com a série de boatos que reverberaram pelas redes sociais anunciando novos ataques.

Pais e mães ficaram apreensivos e com medo de mandarem os filhos para a sala de aula por conta de pessoas mal-intencionadas que estavam propagando o terror como arma psicológica para provocar o caos na sociedade.

Autoridades e governantes vieram a público para anunciar medidas importantes e necessárias para garantir o controle da ordem pública e tranquilizar pais, filhos e toda a comunidade escolar.

Ontem, por exemplo, a Polícia Civil divulgou uma importante ação que vem sendo tomada com relação a esses casos de ameaças postulados nas mídias sociais.

Uma adolescente foi identificada como a criadora de um perfil fake em uma plataforma de mídia social para enviar mensagens de ameaça e terror contra a própria escola em que estudava.

Na delegacia, acompanhada da mãe, a menina disse que estava arrependida e que fez o que fez apenas por brincadeira e que não tinha a intenção de promover ataque algum.

Para quem não sabe ou ignora a lei, é bom saber que, conforme disse o delegado Seccional de Sorocaba, José Humberto Urban Filho, em entrevista ontem no Jornal da Cruzeiro, há punição sim para atos como este praticado por aquela adolescente e que os pais também são punidos por conta de a ação ser praticada por um menor de idade.

Além disso, vale ressaltar que ninguém está imune ou incólume nas redes sociais criando fakes para provocar o caos e disseminar violências e crimes na sociedade.

A polícia tem condições tecnológicas de identificar o autor desses delitos, portanto, não pense que estará impune escondendo-se atrás de um aparelho de celular ou qualquer outro de acesso à internet.

Outras ações divulgadas ontem pela polícia e pelo governo do estado são o botões do pânico; da Segurança Escolar no aplicativo da Polícia Militar; contratação de segurança privada e de psciólogos infantojuvenis nas escolas para acompanhar a saúde mental de crianças e adolescentes.

Outras ações como instalação de detector de metais, cercas elétricas, portaria controlada, acesso restrito de pessoas estranhas ao espaço escolar estão sendo propostas e executadas por governos municipais e escolas particulares.

Apesar de todo esse arcabouço de segurança, é imprescindível dizer aqui que a educação dos filhos é de responsabilidade dos pais.

É o pai e a mãe que são responsáveis por acompanhar seus filhos e fiscalizar sim o que eles estão levando nas mochilas, o que estão trazendo para dentro de casa, o que pretendem levar para a escola, o que estão conversando e com quem estão conversando ao celular, em redes sociais, em aplicativos de bate-papo, de amizade, de namoro, jogos de violência; e por aí vai.

Não se pode deixar ao léu as decisões do dia a dia para crianças e adolescentes nem, tampouco, permitir que esses jovens desrespeitem os mais velhos, professores, funcionários, agentes de segurança, diretores, colegas, amigos, enfim, é preciso sim ficar em cima.

Essa ideia de que o filho precisa caminhar sozinho para aprender, não é bem assim.

Cabe aos pais ensinar, educar, mostrar os caminhos de Deus e, acima de tudo, o respeito aos demais seres humanos, à natureza e às coisas.

Não deixemos nossos filhos à solta, fazerem o que bem entendem; eles pecisam ter orientação e conhecer os princípios da moralidade, da civilidade e se tornarem cidadãos do bem, a fim de contribuir de maneira positiva para o desenvolvimento do país.

A tecnologia facilitou muitas coisas para a humanidade, porém, princípios básicos como respeito às pessoas e às instituições ainda têm um grande valor para a boa formatação do caráter de nossas crianças e adolescentes.

Abrir mão das palmadas, das cintadas e puxões de orelhas de antigamente não significa que temos de abrir mão dos cuidados e do zelo com nossos filhos para a sua plena formação enquanto cidadão civilizado e agregador de boas ações.

Que as medidas preventivas das autoridades e governantes funcionem adequadamente para que possamos proteger crianças e adolescentes e evitar que a sociedade tenha de continuar assistindo a histórias dramáticas como as vivenciadas pelas famílias, infelizmente, das vítimas mortas nos recentes atentados a escolas do país.

Que sejamos lutadores para o desenvolvimento do nosso país, mas que sejamos, ao mesmo tempo, pacificadores e cultivemos o lado bom de se viver.

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