Editorial: Um caminho que não tem volta (25/02/2022)

Publicado por departamento de Jornalismo Cruzeiro FM 92,3 em 25/02/2022

A madrugada de quinta-feira desta semana trouxe notícias que impactaram o mundo e, dessa vez, não foi a pandemia do novo coronavírus.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, decidiu, ao revés de todas as demais nações, atacar cidades ucranianas com bombardeios terrestres.

Essa decisão caiu feito uma bomba no colo das Nações Unidas que se surpreenderam com a postura beligerante de Putin, considerando-se os meses de diplomacia que foram investidos para o presidente russo desistir da ideia de iniciar a guerra com a Ucrânia.

A insatisfação do governo russo com a independência da Ucrânia vem de longa data, já que, em 1991, esse país deixou de ser parte territorial da Rússia, entretanto, os laços culturais, históricos e religiosos foram mantidos; porém, a briga da Rússia pela retomada territorial da Ucrânia nunca parou.

Em 2014, por exemplo, a Rússia retomou parte do território ucraniano, a Crimeia, como retaliação à aproximação do país com o Ocidente.

Esse é, portanto, o motivo da nova invasão russa ao território ucraniano, que se iniciou nesta quinta-feira, justamente porque a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), chamado por vezes de Aliança Atlântica, começou a avançar para países do Leste Europeu, o que desagradou ao governo russo que não concorda com a ideia de que a Ucrânia esteja mais voltada ao Ocidente do que à Rússia.

As raízes da guerra entre Rússia e Ucrânia são bastante profundas. No cerne da questão está o fato de Moscou não aceitar a independência ucraniana, enquanto tenta bloquear a aproximação de Kiev com o Ocidente.

São duas razões defendidas pelo líder russo que não justificam a guerra e precisam, claramente, ser combatidas por todos.

A soberania de uma nação não pode ser suplantada nem restringida por nenhum outro poder e, portanto, constitui-se como o poder absoluto de ação legítima no âmbito político e jurídico de uma sociedade.

Essa é uma definição que ficou muito bem clara ao longo desta quinta-feira, período em que o jornalismo da Cruzeiro FM repercutiu com especialistas em relações internacionais e em direito internacional, além de economistas, que avaliam a crise do ponto de vista econômico das nações.

Diversos entrevistados foram consultados nos jornais da emissora com a finalidade de entender os motivos do ataque da Rússia à Ucrânia.

Razões estas que não justificam em hipótese alguma uma guerra e, por isso, precisam ser repelidas, incluindo o país autor desse crime contra uma nação independente.

Na noite de ontem, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou a maior sanção econômica já vista na história contra a Rússia.

Biden disse que as medidas terão início nos próximos dias e que a Rússia não poderá negociar nem em dólares, nem em euros nem em ienes.

Por conta das sanções merecidas, os títulos do governo russo já caíram mais de 30% e a moeda do país, o rublo, segue em desvalorização perante o mercado internacional.

Como disseram os economistas entrevistados pela Cruzeiro FM, não há, no atual mundo globalizado, um país que possa subsistir individualmente sem a ajuda das demais nações.

Para o Brasil, como afirmaram os especialistas entrevistados pelo jornalismo da Cruzeiro FM, os efeitos a nosso país são certos em uma eventual guerra no Leste Europeu, justamente porque a economia brasileira é globalizada e a Rússia é um importante polo de exportação de petróleo para o Brasil.

Nosso país, por outro lado, tem assento no Conselho de Segurança da ONU, de modo que não é nem preciso afirmar que o governo federal precisa ter um posicionamento firme dentro do grupo em relação a essa crise Rússia-Ucrânia.

Uma nação em guerra não gera economia, apenas prejuízos, por isso líderes europeus vieram a público, em defesa da Ucrânia, para pedir ao governo russo que pare imediatamente com os ataques à nação ucraniana.

A China, ao contrário dos países europeus, divulgou no final da tarde de ontem que a Rússia nada vez e que o diálogo seria o melhor caminho para resolver esse impasse.

No Brasil, o Itamaraty manifestou-se por meio de carta enviada aos veículos de comunicação na qual afirma que o governo brasileiro apela à suspensão imediata das hostilidades e ao início de negociações assertivas a uma solução diplomática para a questão.

Certamente, há razões muito maiores do que as da Rússia para que as nações, unidas, façam de tudo para evitar uma guerra.

A guerra russa é insana e não encontra base para que aconteça, a única coisa que Vladimir Putin vai plantar é uma economia fraca e desamparadora, colocando seu povo russo em uma linha divisória que pode beirar a fome e a miséria perante as demais potências nacionais.

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