Editorial: Economizar para não faltar (10/12/2021)

Publicado por departamento de Jornalismo Cruzeiro FM 92,3 em 10/12/2021

A situação do abastecimento de água em Sorocaba e cidades da região metropolitana ainda é muito delicada.

Por conta da baixa precipitação de chuva ao longo do mês de novembro, que ficou aquém dos 30% da média histórica, teremos de nos esforçar mais para reservarmos água até fevereiro de 2022.

Nesta semana, o prefeito de Sorocaba, Rodrigo Manga, do Republicanos, que, a partir do ano que vem, será o presidente da Região Metropolitana de Sorocaba, fez um alerta em sua entrevista semanal no Jornal da Cruzeiro na quarta-feira.

Segundo Manga, a decisão por um racionamento e, possivelmente, um eventual rodízio na distribuição de água para Sorocaba, deverá ocorrer em março do ano que vem.

A expectativa por um volume grande de chuva no verão, que começa no dia 21 de dezembro, é muito boa para os gestores das cidades que são abastecidas, em especial, pela represa de Itupararanga.

O desejo pela chegada da chuva volumosa é proporcional à advertência do prefeito para que o sorocabano colabore economizando água nesse período.

Ele sugere que as pessoas evitem de lavar seus veículos e também calçadas e quintais com mangueira, optando por utilizar baldes com água reservada da máquina de lavar roupas ou do tanquinho.

Providências, por parte do município, segundo ele, vêm sendo tomadas, como diminuir a pressão da água ao longo da madrugada e deixar equipes do Saae em prontidão para intervir, o mais rápido que puder, em vazamentos ocorridos na cidade.

Tudo isso para se evitar o desperdício.

A situação crítica pode ser constatada na represa de Itupararanga, principal fonte de água para a cidade, responsável pelo abastecimento de cerca de 85% de Sorocaba e de diversas outras cidades da Região Metropolitana.

A represa opera, atualmente, com 16 centímetros abaixo do volume mínimo.

Uma das consequências da falta de chuva tem sido as seguidas reduções da vazão de água para o rio Sorocaba.

A última delas aconteceu há duas semanas e foi feita pela Votorantim Energia, empresa responsável pela gestão da represa.

Foi a sexta redução da vazão em apenas três meses.

Com a nova diminuição, o fluxo passou dos anteriores 250 litros por segundo para 225 litros por segundo.

A medida foi adotada após deliberação entre a Votorantim Energia e o Comitê de Bacias Hidrográficas de Sorocaba e Médio Tietê.

Desde agosto, quando o volume do reservatório já estava abaixo de 30%, as reduções na vazão vêm acontecendo com a finalidade de preservar a quantidade de água restante no reservatório, já que, por conta da estiagem prolongada, o nível continua baixando frequentemente.

Regras operacionais, como a diminuição da vazão, têm caráter emergencial e excepcional, justamente porque são procedimentos que afetam sobremaneira as cidades que dependem do abastecimento da represa.

Elas, contudo, vão continuar sendo adotadas até que o volume útil do reservatório alcance 50% de sua capacidade.

E é aqui que mora o perigo, pois a atual situação da crise hídrica no país afeta pesadamente os municípios, de modo que os reservatórios que abastecem as cidades começam a perder o nível e, devido à elevação do consumo, não conseguem se recompor e, então, é preciso entrar com a economia.

E é exatamente aqui que entramos, cada um de nós, na economia.

Precisamos ser persistentes e conscientes de que o meio ambiente clama pela nossa ajuda e precisamos estender as mãos e arregaçar as mangas para que, em coletividade, consigamos aplacar essa crise hídrica.

Caso isso não aconteça, corremos um sério risco de, a partir de abril do ano que vem, entrarmos em uma fase mais crítica ainda e ficarmos sem o abastecimento regular de água em nossas casas.

A melhor opção, portanto, neste momento, é ajudarmos os municípios a economizarem água durante esse período crucial.

Assim, façamos nossa parte para que, no futuro, não tão distante assim, a gente não sofra por nossa irresponsabilidade e inconsequência.

Sejamos prudentes; economizando, não vai faltar!!!

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