EUA aprovam uso emergencial da vacina da Pfizer; vacinação deve começar na 2.ª feira
Publicado por departamento de Jornalismo Cruzeiro FM 92,3 em 12/12/2020
A FDA (Food and Drug Administration), agência de regulação de medicamentos dos Estados Unidos, aprovou na noite desta sexta-feira (11) a liberação do uso emergencial da vacina contra a Covid-19 produzida pelas companhias farmacêuticas Pfizer e BioNTech. Até agora, apenas quatro países haviam aprovado uso da vacina da Pfizer: Reino Unido, Canadá, Bahrein e México.
A liberação rápida da vacina era amplamente esperada depois que um painel de conselheiros especialistas do FDA na quinta-feira (10) endossou seu uso de emergência para ajudar a conter uma pandemia que matou mais de 285.000 pessoas nos país.
O presidente Donald Trump disse que a vacinação poderá começar em menos de 24 horas, no entanto é mais provável que as primeiras doses sejam aplicadas a partir de segunda-feira (14) em profissionais da saúde e os idosos em asilos de longa permanência. Na primeira etapa serão 2,9 milhões de doses.
A Pfizer pediu que a vacina, desenvolvida com a parceira alemã BioNTech, seja aprovada para uso em pessoas de 16 a 85 anos.
As empresas disseram no mês passado que um regime de duas doses da vacina foi 95% eficaz na prevenção da doença de Covid-19. Dados detalhados divulgados em documentos da FDA antes da reunião do painel consultivo mostraram que a vacina começou a proteger os receptores antes mesmo de eles receberem uma segunda dose.
O Reino Unido aprovou a vacina Pfizer/BioNTech na semana passada e iniciou um programa de imunização em massa na última terça-feira (8). O Canadá também autorizou a vacina com inoculações previstas para começar na próxima semana.
Doses da Pfizer
O governo federal assinou um memorando de entendimento com a Pfizer, empresa que desenvolve uma das vacinas contra a Covid-19. Contudo, a farmacêutica ainda não deu entrada em pedido de registro ou de autorização emergencial junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
A informação foi dada na última quinta-feira (10) em entrevista coletiva de secretários do Ministério da Saúde, em Brasília.
Segundo o secretário executivo da pasta, Élcio Franco, o memorando prevê inicialmente 8,5 milhões de doses no primeiro semestre de 2021 e 61,5 milhões no segundo semestre. São necessárias duas doses para imunizar um paciente contra a Covid-19. Ele acrescentou que o memorando ainda não detalha as quantidades de doses por mês.
Perguntado sobre a afirmação do ministro Eduardo Pazuello sobre a possibilidade do início da vacinação ainda neste mês de dezembro, o secretário respondeu que esta alternativa depende de uma conjunção de fatores.
Franco lembrou que nem a Pfizer nem qualquer outra farmacêutica entrou ainda com pedido de registro ou autorização emergencial na Anvisa. A primeira envolve a liberação da licença normal da agência.
Já a segunda consiste em uma permissão especial com requisitos específicos definidos pela Anvisa. Ela só poderá ser solicitada por empresas com testes clínicos no Brasil, em caráter temporário e para públicos específicos.
A legislação também prevê a alternativa de uma análise rápida pela Anvisa caso uma vacina tenha obtido o registro em agências reguladoras de medicamentos nos Estados Unidos, União Europeia, Japão ou China. Nenhuma das vacinas em estudo pelo governo brasileiro obteve ainda registro nestes países.
Além do memorando com a Pfizer, foi firmado um acordo de encomenda tecnológica com o consórcio da Universidade de Oxford e da Astrazeneca, que em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz.
Nesta semana, a presidente da instituição, Nísia Trindade, informou em um seminário que a perspectiva é de 30 milhões de doses até fevereiro, 70,4 milhões entre março e agosto e mais 100 milhões após este período, totalizando 210 milhões de doses.
Com informações da Agência Brasil
Edição – Alessandra Santos