Editorial: Uma opção cívica

Publicado por departamento de Jornalismo Cruzeiro FM 92,3 em 15/05/2020

Com o objetivo de implantar até 2023 um total de 216 escolas cívico-militares em todo o país, o Ministério da Educação, em parceria com o Ministério da Defesa, elaborou o Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares.
O modelo apresenta um conceito de gestão nas áreas educacional, didático-pedagógica e administrativa com a participação do corpo docente da escola e apoio de militares da reserva das Forças Armadas.
No final de janeiro deste ano, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, esteve nos estúdios da Cruzeiro FM e participou do Jornal das 5.
Na ocasião, ele confirmou que, com a saída de Campinas, Sorocaba passava a ser a primeira cidade do Estado de São Paulo a ocupar o primeiro lugar na fila de espera por uma escola cívico-militar.
De acordo com o ministro, esse modelo escolar visa melhorar a relação ensino-aprendizagem nas escolas públicas e baseia-se no alto nível dos colégios militares do Exército, das Polícias e dos Corpos de Bombeiros Militares.
Nesta semana, o deputado federal Capitão Guilherme Derrite participou do Jornal da Cruzeiro e destacou a importância desse modelo ser implantado nas escolas da cidade.
Conforme ele destacou, os militares atuarão no apoio à gestão escolar e à gestão educacional, enquanto professores e demais profissionais da educação continuarão responsáveis pelo trabalho didático-pedagógico.
Nesta semana, também, o parlamentar divulgou nas mídias sociais um vídeo no qual conclama à população para que participe de audiências públicas que deverão ser chamadas pela Prefeitura de Sorocaba, com o objetivo de ouvir a opinião dos sorocabanos sobre a implantação do programa federal cívico-militar na cidade.
Em ofício encaminhado neste mês pela Prefeitura de Sorocaba ao Ministério da Educação, o governo municipal manifesta o interesse de adotar esse modelo de gestão ao mesmo tempo em que afirma que, tão logo termine a pandemia, promoverá as audiências.
Independente das opiniões adversas ou favoráveis ao programa federal, a ideia é essa: a de se promover debates entre órgãos, entidades, conselhos e, em especial, a população.
É necessário que se estimule o campo de debates antes que o programa seja efetivado na cidade ou, em outra análise, não seja desejado.
Contudo, é importante que a vontade da maioria, democraticamente, seja respeitada pelo governo municipal.
Ouvir a população em audiências públicas faz parte dos requisitos exigidos pelo Ministério da Educação para a implantação da escola cívico-militar.
Para o promotor de Justiça da Infância e da Juventude, Antonio Farto Neto, a abertura de mais uma opção de ensino com um viés cívico é importante para Sorocaba, ainda mais considerando-se que o município empregará recursos de natureza federal.
Já foram empenhados para esse programa mais de um milhão de reais do MEC.
Com todos os trâmites burocráticos encaminhados, o que cabe agora é o debate democrático para que o governo municipal possa dar andamento efetivo a esse importante programa cívico que, ao contrário do senso comum, vem como uma opção de ensino aos estudantes sorocabanos.
A cada ano, 54 escolas receberão o modelo cívico-militar.
Para este ano, as unidades já foram definidas e elas estarão espalhadas por 22 estados e pelo Distrito Federal para promover um salto na qualidade educacional do Brasil.
As unidades serão implementadas tanto em escolas estaduais como municipais, seguindo critérios prestabelecidos pelo MEC.
Assim, faz-se necessário destacar que o modelo que começa a ser implementado nas 216 escolas, ao longo destes quatro anos do mandato do presidente Jair Bolsonaro, por ora, faz parte de um projeto-piloto do governo federal.
Debata, discuta, argumente e procure fazer a melhor escolha para a educação de Sorocaba.
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