Editorial

Editorial: Para que lado caminhamos? 08/03/2024

Hoje se celebra o Dia Internacional da Mulher, 8 de março, e muitas reflexões, histórias e lembranças vêm à tona no que se refere à vida e segurança das mulheres.

Na edição desta sexta-feira do jornal Cruzeiro do Sul, uma reportagem traz ao menos duas histórias de superação, conquistas e companheirismo entre mulheres.

É uma forma de falarmos sobre outros aspectos relacionados ao sexo feminino do que somente sobre a questão da violência doméstica e feminicídio.

Claro que não esquecemos desses dados, pois eles são importantes para balizar de que forma a sociedade brasileira vem se desenvolvendo nesse aspecto, ou não.

Hoje, também, o quadro Radar da Semana, do Jornal da Cruzeiro, trouxe quatro mulheres, com histórias diferentes, mas de vitórias em comum.

A Mulher em Destaque foi o tema de hoje abordado de maneira brilhante pela empresária Maristela Honda, em parceria com a psicóloga Flávia Helena Pérez, a advogada criminalista Juliana Saraiva, e a consultora de negócios e também gerente comercial da rádio Cruzeiro FM 92,3, Andresa Vergílio.

Eloquentes, cada uma destilou um pouco sobre a importância, os cuidados e as questões referentes à mulher, traduzindo, em cada linha de conhecimento e experiência, o que é ser mulher nos dias de hoje.

A entrevista, conduzida pelos apresentadores Fábio Andrade e Cibelle Freitas, vale muito a pena de ser reassistida em nossa live, no canal da rádio no YouTube.

Nas histórias trazidas pela repórter Virgínia Kleinhappel Valio, no jornal Cruzeiro do Sul desta sexta-feira, é possível notar que a afirmativa da força da mulher, de ser guerreira e de buscar suas conquistas vai muito além de clichê.

A promotora do Ministério Público, Helena Cecília Calado, e a nail designer Emily Novo Baturri, proprietária de uma esmalteria, em Sorocaba, descrevem os desafios que tiveram para terem sucesso em suas carreiras e da necessidade premente de a sociedade abandonar de vez certos estereótipos sobre a mulher e o homem, como, por exemplo, dizer que isso é coisa de mulher e isso, de homem.

O jornalismo da Cruzeiro FM também trouxe histórias.

Foi apresentada, por exemplo, a atuação de mulheres executivas e bem posicionadas no mercado de trabalho.

Para tanto, basta ouvir as entrevistas feitas pela apresentadora do Jornal da Cruzeiro, Cibelle Freitas.

Em uma delas, a diretora titular do Ciesp Botucatu, Patrícia Dias, que ministrou uma palestra ontem, em Sorocaba, sobre o tema “Construindo Pontes: Mulheres líderes na era da Colaboração e Inovação”, falou sobre a atuação da mulher em diversos ramos do mercado de trabalho e da importância e necessidade de ela se posicionar e defender seu espaço nesse cenário.

Na outra entrevista, a empresária Juliana Zaia, proprietária de uma das lojas da Rede Bom Lugar, que conta com mais de 47 lojas em 12 cidades, enfatiza, por diversas vezes, o empoderamento da mulher dentro de um contexto histórico e contemporâneo.

São ações e iniciativas como essas que definem a mulher na história da humanidade.

Não podemos, infelizmente, deixar de citar aqui que o sexo feminino continua sendo ainda um ponto fraco na sociedade, principalmente no que tange à violência doméstica.

A cada 24 horas, ao menos oito mulheres sofreram violência.

De 2022 para 2023, o Brasil registrou, ao todo, 3.181 casos de violência doméstica, representando um aumento de 22,04% em um ano.

A informação consta do novo boletim “Elas Vivem: Liberdade de Ser e Viver”, divulgado ontem.

Ameaças, agressões, torturas, ofensas, assédio, feminicídio.

São inúmeras as violências sofridas que não começam ou se esgotam nas mortes registradas.

Os dados monitorados apontaram 586 vítimas de feminicídios.

Isso significa dizer que, a cada 15 horas, uma mulher morreu em razão do gênero, majoritariamente pelas mãos de parceiros ou ex-parceiros, que usaram armas brancas ou armas de fogo.

Notícias que, infelizmente, reverberam pelos veículos de comunicação do Brasil e do exterior.

Já é passada a hora de questões sobre violência, de qualquer aspecto, gênero, enfim, serem contadas apenas nos livros de história.

A sociedade cresceu e desenvolveu-se ao longo dos anos em diversas áreas, mas, nesse quesito da violência doméstica, ainda precisa melhorar muito.

Precisamos deixar essa condição, enraizada na cultura da humanidade, lá para trás, e passarmos a enfatizar e defender que todos somos iguais, com direitos e deveres iguais, mas que, sobretudo, é necessário respeitarmos a natureza individual de cada ser.

Almejamos que, nos próximos anos, talvez, possamos estar aqui, neste dia de celebração, comemorando tão somente sucessos e conquistas, sempre amando e respeitando o nosso próximo, seja ele ou ela quem for.

Cruzeiro FM, com você o tempo todo!!!

Cibelle Freitas
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