Saúde descarta risco da transmissão da febre hemorrágica em Sorocaba

Publicado por departamento de Jornalismo Cruzeiro FM 92,3 em 21/01/2020

O secretário municipal da Saúde, Ademir Watanabe, e a médica infectologista Priscila Helena dos Santos, coordenadora da Vigilância Epidemiológica concederam entrevista coletiva na manhã desta terça-feira (21) sobre o caso de febre hemorrágica brasileira, confirmado ontem (20) pelo Ministério da Saúde, e que vitimou um homem morador de Sorocaba. O governo federal classificou o caso como grave e é o primeiro a ser registrado depois de 20 anos do último diagnóstico.
As autoridades da área da Saúde em Sorocaba descartaram que possa haver o risco de novos casos da doença na cidade, porque o homem de 52 anos, morador da Vila Carvalho, que morreu em decorrência da doença possivelmente contraiu o vírus em outra cidade.
A médica infectologista Priscila Helena dos Santos, explicou que o contágio com a saliva, fezes ou urina contaminada de ratos silvestres propaga o vírus e que em geral os animais são encontrados em áreas rurais que teriam sido visitadas pela vítima em outras cidades paulistas (Eldorado, Itapeva e Itaporanga) e não em Sorocaba.
Ela explicou que a Vigilância Epidemiológica recebeu a notificação no dia 7 de janeiro e a investigação começou para descobrir onde ele contraiu o arenavírus, um dos causadores da febre hemorrágica.
O período de incubação é longo (em média de 7 a 21 dias) e se inicia com febre, mal-estar, dores musculares, manchas vermelhas no corpo, dor de garganta, no estômago e atrás dos olhos, dor de cabeça, tonturas, sensibilidade à luz, constipação e sangramento de mucosas, como boca e nariz. Com a evolução da doença pode haver comprometimento neurológico (sonolência, confusão mental, alteração de comportamento e convulsão).
Segundo o Ministério da Saúde, entre o início dos sintomas (30/12/2019) e o óbito (11/01/2020), o paciente passou por três diferentes hospitais, nos municípios de Eldorado, Pariquera-Açu e São Paulo, sendo o último o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFM USP). Não houve histórico de viagem internacional e ele também não retornou a Sorocaba.
Durante seu atendimento foram realizados exames para identificação de doenças, como febre amarela (o homem era vacinado contra a doença), hepatites virais, leptospirose, dengue e zika. Contudo, os resultados foram negativos para essas doenças.
A companheira do homem está sendo monitorada porque foi a única que teve contato mais íntimo com ele já na fase dos sintomas e o acompanhamento dela será feito pelas autoridades de Saúde até o início de fevereiro.
Ouça os detalhes com o repórter André Fazano!


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