China se prepara para nova guerra comercial com os Estados Unidos

Publicado por departamento de Jornalismo Cruzeiro FM 92,3 em 02/02/2025

O primeiro mandato de Donald Trump já havia sido marcado por tensões comerciais com a China, tensões que continuaram em grande parte ainda sob Joe Biden. Empresas chinesas já transferiram parte de sua produção para o Vietnã ou Camboja, por exemplo, para contornar esses novos impostos.

Enquanto aguarda negociações futuras, Pequim se apresenta ao mundo como defensora do multilateralismo. Segundo Ding Xuexiang, vice-primeiro-ministro chinês, no Fórum Econômico Mundial em Davos, “estamos à beira de uma nova guerra comercial”.

“É claro que a globalização pode causar tensões, mas essas tensões só podem ser resolvidas promovendo o multilateralismo. O protecionismo não leva a lugar nenhum e as guerras comerciais não têm vencedores”, disse.

Mas isso não significa que Pequim pretenda ficar de braços cruzados e não fazer nada. A retaliação chinesa pode voltar a atingir os produtores de soja americanos, altamente dependentes do mercado chinês, ou a Tesla, a empresa de carros elétricos de Elon Musk, aliado próximo de Donald Trump.

Além disso, os novos impostos devem afetar preços de produtos que tinham sido poupados até agora, como eletrônicos ou iPhones, pela inflação, mas que poderão começar a subir nos Estados Unidos. Esta consequência da guerra comercial poderia transformar os consumidores americanos em aliados de Pequim.

Fonte: AFP


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