Editorial

Editorial: Mais diplomacia, menos política 27/10/2023

Nesta semana, o secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), António Guterres, fez uma declaração em seu discurso sobre a guerra em Israel que provocou muito debate e discussão sobre o papel, de fato, da instituição.

Na terça-feira, Guterres, que participou da reunião do Conselho de Segurança da ONU, realizada em Nova York, fez um alerta, em seu discurso, para a situação do Oriente Médio, condenando os ataques contra civis e os “atos de terrorismo” do Hamas.

Contudo, o que mais chamou a atenção fazendo com que o diplomata passasse a ser criticado firmemente foi a declaração dele de que era “importante reconhecer” que os ataques do grupo extremista “não aconteceram sem contexto”.

Isso causou muito mal-estar no mundo diplomático, não ajudou em nada na questão do pedido de cessar-fogo e, ainda, colocou em cheque o papel exato da ONU em todo esse contexto.

Conforme traz o Portal Poder 360, Gutteres chegou a ponderar que “as queixas do povo palestino não podem justificar os ataques terríveis do Hamas”, dizendo, ainda, que “esses ataques terríveis” do grupo extremista “não podem justificar a punição coletiva do povo palestino”.

A ONU classifica a Cisjordânia e Jerusalém Oriental como áreas da Palestina ocupadas por Israel e manifesta-se contra os assentos israelenses nas regiões.

O embaixador de Israel na ONU, Gilad Erdan, foi um dos que não gostou das declarações nem das resoluções baixadas pela ONU na Assembleia Geral, que aconteceu nesta semana em Nova York, especialmente porque nenhuma delas cita grupos terroristas, como é o caso do Hamas.

Durante sua participação na assembleia, ele chegou a mostrar vídeos de violência do Hamas, que provocou mais indisposições entre as autoridades diplomáticas.

Ontem, para tentar contornar a situação delicada na qual colocou a ONU, o secretário-geral, António Guterres, pediu o fim imediato dos confrontos entre Israel e o grupo palestino Hamas, que controla a Faixa de Gaza.

Em um pronunciamento no Conselho de Segurança da ONU, Guterres disse que a situação é “totalmente inaceitável” e “deve parar imediatamente”.

Ele alertou para o risco de uma “crise humanitária e de segurança sem controle” na região.

Guterres condenou o lançamento de foguetes pelo Hamas contra Israel, que considerou “indiscriminado e inaceitável”, e também criticou as ações militares israelenses em Gaza, que causaram a morte de centenas de civis, incluindo crianças.

Ele pediu que ambos os lados respeitem o direito internacional humanitário e protejam os civis.

O chefe da ONU também expressou sua preocupação com a violência entre judeus e árabes dentro de Israel, que chamou de “a maior em anos”.

Ele instou as autoridades israelenses a agirem com moderação e responsabilidade, e aos líderes comunitários a promoverem o diálogo e a coexistência.

Guterres reafirmou seu apoio à solução de dois Estados, baseada nas fronteiras de 1967, com Jerusalém como capital de ambos.

Ele disse que a ONU está trabalhando com todas as partes envolvidas e com parceiros regionais e internacionais para restaurar a calma e retomar as negociações de paz.

E qual é a função, de verdade, da ONU?

A Organização das Nações Unidas é uma instituição internacional que reúne 193 países-membros com o objetivo de promover a cooperação, a paz e a segurança mundial.

A ONU foi fundada em 1945, após o fim da Segunda Guerra Mundial, como uma forma de evitar novos conflitos e garantir os direitos humanos.

A ONU possui diversos órgãos e agências especializadas que atuam em diferentes áreas, como saúde, educação, desenvolvimento, meio ambiente, direitos humanos, entre outras.

A ONU também realiza operações de paz e assistência humanitária em regiões afetadas por guerras, crises ou desastres naturais.

A sede da ONU fica em Nova York, nos Estados Unidos, mas há também escritórios regionais em Genebra, na Suíça; em Viena, na Áustria; e, em Nairóbi, no Quênia.

A ONU é composta por seis órgãos principais: a Assembleia Geral, o Conselho de Segurança, o Conselho Econômico e Social, o Conselho de Direitos Humanos, o Tribunal Internacional de Justiça e o Secretariado.

Além disso, a ONU conta com diversas agências especializadas, como a Unesco, a OMS, o Unicef e o Acnur.

Então, diante de todas essas características, a ONU precisa reposicionar-se nesse contexto internacional bastante delicado, e seus diplomatas, como o próprio secretário-geral, António Guterres, precisam ter mais cuidado com o que afirmam, a fim de evitar que as situações delicadas fiquem mais sensíveis ainda e provoque exatamente o oposto para o qual se justifica a existência da instituição chamada ONU.

Ou seja, é preciso fazer diplomacia e não política!!!

Cruzeiro FM, com você o tempo todo!!!

Cibelle Freitas
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