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Editorial: O vírus ainda assombra (04/12/2020)

Nos últimos dias, e muito mais após as eleições municipais, a pauta dos veículos de comunicação do país voltou-se, novamente, para a pandemia do novo coronavírus, causador da Covid-19.

Durante um período de pouco mais de um mês, por conta da campanha eleitoral, o brasileiro e, em especial, nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro, passou a experimentar um certo grau de tranquilidade, acreditando que a pandemia havia acabado.

Nesta semana, porém, o governador de São Paulo, João Doria, determinou, por meio de decreto, que todos os municípios paulistas, sem exceção, voltassem uma fase atrás do Plano São Paulo da Retomada Econômica.

Assim, todo o Estado de São Paulo deixou de ocupar o espaço verde para regredir ao amarelo, sofrendo, ao mesmo tempo, o recrudescimento dos protocolos sanitários de prevenção e combate à disseminação do coronavírus.

Quando São Paulo chegou ao estágio verde e, com ele, toda a Região Metropolitana de Sorocaba, por exemplo, o cidadão começou a retomar suas atividades e comportamento anteriores à quarentena.

Enquanto víamos o continente europeu e parte dos Estados Unidos revivendo o momento pandêmico com uma nova onda de ataque do vírus, no Brasil, seguíamos a vida como se nada houvesse acontecido no passado.

Sem hospitais de campanha, sem as restrições mais rudes de outrora e com a redução dos leitos hospitalares para pacientes com Covid, as pessoas passaram a se reunir novamente e a se descuidar de métodos de higiene fundamentais para a manutenção da saúde e para a prevenção da Covid.

As máscaras só passaram a ser utilizadas em estabelecimentos comerciais e em lugares com algomeração de pessoas, como os cultos religiosos.

O fato de o calor ter chegado de maneira mais firme neste ano, na estação da primavera, fez com que os cidadãos se sentissem mais seguros com relação à contaminação de Covid-19 por acreditarem que o vírus não resiste muito tempo a altas temperaturas.

Ele, contudo, permanece ativo em diversos lugares do Brasil, de modo que cabe a cada um de nós mantermos as boas regras de convivência, a fim de evitar uma nova propagação maciça desse mal.

Na avaliação do Plano São Paulo, Sorocaba, Votorantim, Itapetininga e Salto estão entre as 62 cidades consideradas em atenção pelo Governo do Estado de São Paulo, devido ao aumento de casos e internações por conta da Covid-19.

Esse apontamento feito pelo governo estadual provocou a ira de alguns dos prefeitos dos municípios indicados como em atenção e muitos deles acusaram o governo paulista pelo aumento da doença, já que em outro momento o Estado determinou a desativação de leitos de enfermaria e de UTI Covid.

Matematicamente, na opinião do médico e vereador em Sorocaba Hélio Brasileiro, a ocupação dos leitos só aumentou nas últimas semanas porque, justamente, houve redução dos leitos criados especificamente para o atendimento de pacientes com a doença.

Contudo, ele pondera que a cultura do povo brasileiro é o principal fator responsável pela recidiva da doença.

Em entrevista ao Jornal da Cruzeiro desta semana, o médico e vereador destacou que o povo precisa colaborar e seguir as recomendações sanitárias enquanto as vacinas criadas para a prevenção da doença não são aplicadas.

É preciso evitar aglomerações de fato, é preponderante que as pessoas sigam rigorosamente os protocolos sanitários e ajudem os governos a trabalharem para o controle efetivo dessa doença.

Se houve questões políticas envolvendo a Covid-19 com as eleições municipais e a regressão de fase no Plano São Paulo, isso não importa, pois, sabidamente, vemos nos noticiários que o coronavírus ainda continua ativo, matando pessoas e assombrando muitas nações, inclusive a nossa.

Então, faça o certo, previna-se e vamos ajudar nosso país a combater esse mal.

Cruzeiro FM, número um em jornalismo!!!

Cibelle Freitas
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